Diversidade em estudos clínicos

Trazendo os milagres da ciência com diversidade

Quanto mais inclusivos os estudos clínicos forem, mais eficientes serão os medicamentos desenvolvidos.

Os estudos clínicos são uma parte fundamental do processo de pesquisa e desenvolvimento de novos medicamentos ou tratamentos. Para que beneficiem todos, precisam refletir a diversidade da população que atendemos. Por isso queremos desenvolver estudos que garantam a participação de pessoas de diversas origens e que, consequentemente, promovam a equidade na saúde.  

Para contribuir com esse propósito, assumimos o compromisso de ter até 2025 pelo menos 25% de pacientes negros em nossos estudos clínicos no Brasil.

Estudos clínicos mais representativos podem ajudar a devolver a confiança nos sistemas de saúde para os grupos minorizados. Nossa pesquisa “A Lacuna de Confiança”, por exemplo, mostrou que 80% das pessoas de grupos étnicos minorizados, que no Brasil são predominantemente compostos da população negra, tiveram alguma experiência que prejudicou sua confiança na área de saúde. Além disso, no Brasil, 23% das pessoas negras e de outros grupos raciais têm maior probabilidade de se sentirem indesejadas por um prestador de saúde ou pelo sistema de saúde em geral¹.

Melhorar a diversidade e a inclusão em estudos clínicos é um desafio global que requer soluções locais. Em muitos países, o acesso e outras questões de equidade em saúde são grandes barreiras para a participação em ensaios clínicos, mas estamos determinados a encontrar pacientes e médicos que representem comunidades diversas e investir em educação e conscientização sobre a relevância desses estudos para reconstruir a confiança na área da saúde.

Mas o que é um estudo clínico?

Também conhecido como ensaio ou pesquisa, um estudo clínico é qualquer pesquisa que utiliza seres humanos voluntários, saudáveis ou com alguma condição, de acordo com o foco do estudo², para analisar como o corpo reage aos medicamentos ou tratamentos que estão sendo testados³.

De modo geral, as pesquisas clínicas são compostas de quatro fases4:

Fase 1 – O medicamento é testado em pessoas sadias, buscando entender se é seguro e como age no organismo, além da melhor forma de uso. 

Fase 2 – A partir desta etapa, os voluntários são pessoas com a doença foco do estudo, e se observa a melhor dosagem e as consequências do medicamento, como tempo de duração e efeitos colaterais.

Fase 3 – Ao chegar nesta fase, o medicamento é comparado com os tratamentos já existentes ou placebos, sendo analisado o seu risco-benefício.

Fase 4 – Esta etapa ocorre após o medicamento ser aprovado pela agência reguladora e começar a ser comercializado, monitorando efeitos e reações adversas inesperadas.

Nature’s Building Blocks: encontrando esperança em estudos clínicos inclusivos

Para alguns pacientes, um ensaio clínico representa esperança e a possibilidade de um novo tratamento para sua doença. Outro fator comum que une esses heróis é sua contribuição para o avanço da ciência e o desenvolvimento de novos medicamentos para ajudar outras pessoas com sua doença. E seu impacto é duradouro.

Em nossa série de vídeos em parceria com a BBC, acompanhamos as histórias de três pessoas diretamente ligadas às pesquisas clínicas e seu papel na transformação da saúde global e no combate às desigualdades:

  • Antonella Serafini, uma paciente que não teve tratamento adequado para sua asma até conhecer o Dr. Jorge Máspero e participar de um ensaio clínico;
  • Raolat Abdulai, Líder Clínica Global da Sanofi, cuja experiência do pai com asma a inspirou a seguir a carreira médica e desenvolver medicamentos para pessoas como ele; e
  • Naimish Patel, Chefe de Desenvolvimento Global em Imunologia e Inflamação na Sanofi, que explica a importância de conduzir ensaios clínicos inclusivos globalmente

Um Milhão de Diálogos: uma oportunidade de reconstruir a confiança de grupos minorizados nos sistemas de saúde

O modo e o local nos quais as pessoas vivem, aprendem, trabalham e se divertem, bem como o acesso a cuidados de saúde de qualidade, a alimentos saudáveis e a uma educação de qualidade são benéficos à saúde. Do mesmo modo, as experiências e exposições negativas, como a poluição, a violência, o racismo estrutural e a discriminação são causas para o desenvolvimento de doenças5.

Nossa pesquisa “A Lacuna de Confiança”, realizada em cinco países e parte da iniciativa “Um Milhão de Diálogos”, que busca recuperar a confiança de grupos minorizados nos serviços de saúde, apontou a necessidade da saúde e da diversidade caminharem juntas. Uma maior representatividade nos estudos clínicos pode garantir melhores resultados científicos e, consequentemente, um atendimento melhor para todas as pessoas.

Dessa forma, nosso objetivo é tornar os ensaios clínicos mais inclusivos por meio de uma abordagem audaciosa e intencional. Nos esforçamos para garantir que eles sejam pensados de maneira inclusiva desde o início e que representem a diversidade das populações de pacientes que convivem com a doença. 

Além disso, queremos entender as jornadas únicas dos pacientes, a fim de abordar proativamente fatores e critérios que possam ter excluído inadvertidamente populações diversas no passado. 

Para isso, estamos nos encontrando com pacientes e profissionais, além de desenvolver parcerias com comunidades de minorias raciais e étnicas historicamente sub-representadas e outros grupos minorizados.

Juntos, podemos construir um amanhã mais inclusivo e equitativo.

Quer saber mais sobre nossas pesquisas clínicas no Brasil? Clique no botão abaixo e conheça nosso portal de informações.

Referências
1. SANOFI. Um Milhão de Diálogos. Disponível em: https://www.sanofi.com.br/pt/nossa-responsabilidade/diversidade-e-inclusao/um-milhao-de-dialogos.
2. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/is_digital/is_0211/pdfs/IS31(2)045.pdf
3. https://revista.abrale.org.br/saude/2019/06/como-os-estudos-clinicos-influenciam-um-pais/
4. https://www.interfarma.org.br/wp-content/uploads/2021/04/a-importancia-da-pesquisa-clinica-para-o-brasil-interfarma2.pdf
5. Diversity and Inclusion in Clinical Trials. Disponível em: https://www.nimhd.nih.gov/resources/understanding-health-disparities/diversity-and-inclusion-in-clinical-trials.html. Acesso em maio de 2023.